quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Suspeito de estuprar e matar menina Rebeca na Rocinha é preso no Rio

Homem foi preso na Zona Oeste e já tinha passagem por estupro no CE.
'Para mim é um alívio, foi feita Justiça', diz mãe da menina.
Parentes e amigos faziam uma manifestação quando souberam da notícia da prisão; o protesto acabou e todos comemoraram
Policiais da Divisão de Homicídios (DH) prenderam no início da noite desta quinta-feira (3) um suspeito de ter estuprado e matado a menina Rebeca Miranda de Carvalho, de 9 anos, no sábado (28), na Rocinha, na Zona Sul do Rio, como mostrou o RJTV.
Parentes de Rebeca chegam à Divisão de
Homicídios, na Zona Oeste do Rio
De acordo com a polícia, Elder Marinho, de 22 anos, tem pelo menos uma passagem por estupro no Ceará. Ele foi preso na favela de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, na Zona Oeste, com o celular da vítima. Nesta sexta-feira (4), a DH vai pedir a prisão temporária do suspeito por 30 dias. O homem confessou o crime e, por volta das 21h, prestava depoimento na delegacia.

“Para mim é um alívio. Foi feita Justiça. Ligaram para um amigo que nos passou a notícia”, disse a mãe da menina, Maria Miranda.
Manifestação
Moradores da favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, fizeram por volta das 18h desta quinta-feira um protesto contra a morte da menina e comemoraram ao receber a notícia, interrompendo o ato. A criança foi vítima de abuso sexual de acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML).
“Nos reunimos com o Freixo [deputado estadual] e a comissão de Direitos Humanos da Alerj ficou de ajudar tanto quanto no caso do Amarildo. Esse protesto vai causar um pouco de transtorno mas é pra chamar a atenção da sociedade pra Rocinha”, disse William de Oliveira, membro conselho estadual de Direitos Humanos.
Carregando diversas faixas, os manifestantes chegaram a fechar a Autoestrada Lagoa-Barra, sentido Barra da Tijuca. “É a primeira. Faremos protestos até que achem o culpado. Ou cairá no esquecimento e acontecem outras vezes”, afirmou João Bosco Barros, primo da menina Rebeca.
Rebeca foi encontrada morta na manhã de
domingo (29)
Como foi o crime
Rebeca foi encontrada morta em um barranco, a 50 metros da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. Os moradores dizem que os policiais da UPP não fazem mais patrulhamento nos becos da favela desde o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo, há pouco mais de dois meses. Segundo a polícia, o caso do pedreiro deve ser concluído nos próximos dias, mas o governador Sérgio Cabral nega que a tropa tenha recebido orientação para não policiar os becos.
A vizinha que encontrou o corpo de Rebeca disse que ela estava coberta com telhas e que reconheceu o chinelo que a menina estava usando.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Polícia confirma estupro de menina morta na Rocinha e analisa câmeras de UPP

Foi enterrada no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (30),  a menina Rebeca dos Santos, 9, que havia desaparecido na noite de sábado (28) e cujo corpo foi encontrado na manhã de domingo (29) com sinais de estupro na favela da Rocinha, zona sul da cidade. 
O pai da menina, Reinaldo dos Santos, disse estar inconsolável. "Peço a Deus que me dê força e coragem para lutar e criar meu outro filho. Para fazer dele um guerreiro como ela era. Os dois viviam juntos e se davam muito bem", afirmou, ao falar sobre o filho de 12 anos, também chamado Reinaldo.
Parentes e amigos que acompanharam o enterro contaram que Rebeca foi encontrada vestindo apenas uma camiseta e que próximo ao corpo dela havia saquinhos de droga, uma camisinha e um pedaço de madeira com pregos.
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou nesta segunda-feira (30) que Rebeca Miranda Carvalho dos Santos, 9, foi estuprada antes de ser assassinada por esganadura na favela da Rocinha, na zona sul da cidade, na noite de sábado (28).
Segundo o chefe de operações da delegacia, Rafael Rangel, o abuso sexual foi constatado em laudo do IML (Instituto Médico-Legal). O policial também afirmou que a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha encaminhou ao ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) cópia do conteúdo das câmeras de segurança da favela.
As imagens podem mostrar uma eventual movimentação suspeita no dia do crime, de acordo com o chefe de operações. "A UPP reservou essas imagens e elas já estão sendo analisadas. Não existe um prazo para que isso ocorra. Temos 30 dias para concluir o inquérito", disse.
O corpo da vítima foi encontrado na manhã de domingo (29) em uma localidade conhecida como Cachopa, onde há um posto da UPP. Uma perícia foi realizada no local, e sete testemunhas foram ouvidas até o início da tarde desta segunda.
"O sonho dela era ser médica", diz vizinha de menina estuprada e morta na Rocinha

A menina Rebeca Miranda Carvalho dos Santos, 9, que foi estuprada e assassinada na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, na noite de sábado (28), tinha o sonho de ser médica, segundo a dona de casa Antônia Gomes Pontes, 37, vizinha da família. "Ela era uma criança alegre. O sonho dela era ser médica", disse.
Antônia compareceu na tarde desta segunda-feira (30) à Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio, onde prestará depoimento. A testemunha estava na festa infantil, em uma localidade da Rocinha conhecida como Cachopa, próxima a um posto da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), na qual Rebeca foi vista pela última vez antes de desaparecer.
"Ela saiu da festa para levar bolo para a mãe, que estava em uma birosca perto da casa. Ela passou por um beco totalmente escuro, onde tem um terreno baldio, deixou o bolo com a mãe e voltou pelo mesmo caminho. Foi ali que pegaram ela", descreveu a moradora da Rocinha.
A filha de Antônia, A., 13, estava na mesma festa no dia do crime. Ela e Rebeca eram amigas de infância, estudaram e e costumavam brincar juntas. "Poderia ser a minha fiha ali também. Ele não queria só a Rebeca. Poderia ser qualquer criança que estivesse passando ali naquele momento", disse.
Antônia relatou ter saído da festa às 22h30, e nesse horário Rebeca ainda estava na laje onde ocorria a comemoração do aniversário de 1 ano da filha de uma amiga em comum. "Ela ficou lá com a minha filha de 13 anos e com as amiguinhas. (...) Todo dia ela estava junto com a gente. Ela era muito querida por todos", declarou.
Por volta de 0h, o irmão mais velho de Rebeca procurou Antônia em sua casa para perguntar sobre o paradeiro da menina. Ao ser informada sobre o sumiço, a dona de casa passou a circular pelas ruas, becos e vielas da comunidade, na companhia do irmão da vítima, em busca dela.
"Procuramos até as 2h, mas não achamos nenhum vestígio. Outras pessoas ficaram procurando até de manhã. Quando deu 7h, me avisaram que o corpo tinha sido encontrado. (...) Antes do enterro, tiveram que colocar uma faixa na cabeça dela, pois bateram tanto que o sangue escorria pelo cabelo. A língua dela estava para fora. Foi uma coisa horrível", relatou.

Assassinada por esganadura

A DH confirmou nesta segunda-feira (30) que Rebeca foi estuprada antes de ser assassinada por esganadura na favela da Rocinha.
O corpo da vítima foi encontrado na manhã de domingo (29) na Cachopa, onde há um posto da UPP. Uma perícia foi realizada no local, e sete testemunhas foram ouvidas até o início da tarde desta segunda-feira.
Segundo o chefe de operações da delegacia, Rafael Rangel, o abuso sexual foi constatado em laudo do IML (Instituto Médico-Legal). O policial também afirmou que a UPP da Rocinha encaminhou ao ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) cópia do conteúdo das câmeras de segurança da favela.
As imagens podem mostrar uma eventual movimentação suspeita no dia do crime, de acordo com o chefe de operações. "A UPP reservou essas imagens e elas já estão sendo analisadas. Não existe um prazo para que isso ocorra. Temos 30 dias para concluir o inquérito", disse.
A mãe da criança, Maria Miranda de Mesquita, foi ouvida no dia do registro do boletim de ocorrência, mas não conseguiu dar informações concretas em razão do choque emocional. Ela deve prestar novo depoimento durante a semana.
Os investigadores também trabalham para identificar novas testemunhas. No domingo, um menino --cuja idade não foi informada-- afirmou à polícia ter visto um homem vestido com um casaco na companhia de Rebeca pouco antes do desaparecimento. O depoente seria morador da Rocinha e também estava na festa.
"Não podemos entrar em detalhes. Os depoimentos de menores são sempre vistos com reserva. Esse menino foi ouvido por dois psicólogos", disse Rangel.

Crime 'extremamente brutal'

O delegado-assistente da Divisão de Homicídios, Henrique Damasceno, afirmou que o assassinato de Rebeca foi um "crime gravíssimo e extremamente brutal". Ele disse contar com o apoio dos moradores da Rocinha, em especial através do Disque-Denúncia, e com a cooperação dos policiais militares da UPP da comunidade.
"Desde que houve a comunicação da ocorrência, todos os esforços da DH estão voltados para esse crime gravíssimo e extremamente brutal contra uma criança. Estamos empenhando todos os esforços possíveis para encontrar o autor desse crime", afirmou. "Vamos fazer uso de todos os recursos possíveis: desde imagens, a questão do Disque-Denúncia, a entrevista com os moradores e as diligências em campo."
Damasceno disse ainda que os detalhes sobre a investigação não podem ser divulgados em função das circunstâncias do crime, uma vez que há crianças entre as testemunhas que já foram ou ainda serão ouvidas pela polícia. O conteúdo dos depoimentos também não foi informado.

Enterro

A menina foi enterrada no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul. O pai da menina, Reinaldo dos Santos, disse estar inconsolável. "Peço a Deus que me dê força e coragem para lutar e criar meu outro filho. Para fazer dele um guerreiro como ela era. Os dois viviam juntos e se davam muito bem", afirmou, ao falar sobre o filho de 12 anos, também chamado Reinaldo.
Parentes e amigos que acompanharam o enterro contaram que Rebeca foi encontrada vestindo apenas uma camiseta e que próximo ao corpo dela havia saquinhos de droga, uma camisinha e um pedaço de madeira com pregos. Todo o material foi recolhido pela perícia.
Leia mais em: http://zip.net/brk3YR

Rocinha e Alemão pretendem processar Estado por causa de Teleférico

Moradores das comunidades são contra a construção do modal e querem continuidade das obras do PAC

Estrela de uma novela Global e novo ponto turístico do Rio de Janeiro, o Teleférico do Conjunto das Favelas do Alemão, na Zona Norte da cidade, foi indicado como "carro chefe" das melhorias prometidas pelo governo estadual à comunidade pacificada, como parte integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e recebeu o recurso de R$ 210 milhões investidos pelos governos federal e estadual. Dois anos após a sua inauguração, no dia 7 de julho de 2011, o Teleférico Alemão é alvo de crítica dos moradores e, segundo eles, não atende às necessidades básicas de mobilidade, integração social e melhorias na qualidade de vida, como sugerido no seu projeto original, que teve como inspiração o modelo da cidade colombiana de Medellín. 
A experiência mal sucedida está servindo de exemplo para a comunidade da Rocinha, nazona sul, destinada a ganhar o terceiro modelo do transporte em massa por cabo do Rio. Os representantes do movimento "Rocinha Sem Fronteiras" estão promovendo ações de resistência à implantação do teleférico na comunidade e aliados ao Instituto Raízes em Movimento, do Alemão, vão entrar com representação no Ministério Público do Estado (MP/RJ) contra o governo do Rio, em processos que denunciam a violação dos direitos humanos e não cumprimento de lei federal 10.257, que determina a participação da população em decisões nas obras de intervenção governamental, no caso do Alemão, e pela não execução das obras do Pac 1, na Rocinha.
No Fórum de Mobilidade Urbana realizado pelo Clube dos Engenheiros do Rio de Janeiro, realizado no dia 20 de setembro, foi abordado o tema "PAC e saneamento – Estudos de Casos da Rocinha". O conselheiro do Clube, Alcebíades Fonseca, destacou no seu discurso que, pelo tempo de operação do Teleférico do Alemão, é facilmente observado que esse tipo de modal não é viável para as comunidades cariocas, por não solucionar os problemas de mobilidade da população e por ter seu custo de manutenção muito alto, pois o seu maquinário é importado da França. "Um cadeirante, por exemplo, quando chega à uma das estações, não encontra o acesso especial para o seu embarque. O mesmo aconteceu com os moradores quando estão carregando a suas bolsas com compras", explicou o engenheiro. Como modelo comparativo, Fonseca citou o Plano Inclinado do morro Santa Marta, que segundo ele é o modal mais adequado à Rocinha. "O plano inclinado favorece o acesso de pessoas portadoras de deficiência, permite a retirada de resíduos sólidos e a sua construção é bem mais barata, com uma projeção de implantação que corresponde a 20% apenas do valor total do projeto do Teleférico importado apresentado pelo governo do Rio", disse Fonseca. 
O coordenador do Instituto Raízes em Movimento do Complexo do Alemão, Alan Brum, contou que o Plano Básico de Licitação e de Desenvolvimento Sustentável referentes a sua comunidade foram intensamente discutidos com representantes da Empresa de Obras do Estado do Rio de Janeiro (Emop) e das secretarias estaduais Parques e Jardins e Cultura e Lazer, desde 2008. Na época, foi criado o Comitê de Desenvolvimento da Serra da Misericórdia, composto por 927 membros de instituições da região e por moradores, que apresentaram as suas reclamações visando a melhoria da qualidade de vida na região, para serem incluídas no planejamento de urbanização. O resultado final foi para uma Agenda Propositiva, entregue ao poder público.
"Quando eles comentaram sobre o teleférico, 'de cara' a gente alertou que não ia dar certo, por causa da topografia, ninguém vai subir o morro para embarcar. Opinamos que esse investimento do PAC era fundamental para a implementação do transporte alternativo, a duplicação da via de acesso principal e as ruas secundárias e, prioritariamente, o saneamento básico. Esses são os fatores que realmente traduzem os anseios da comunidade da Rocinha", destacou Alan.
Davison Coutinho (esquerda), da Rocinha e Alan Brum, do Alemão 

Enquanto a implantação do Teleférico do Alemão teve caráter prioritário no governo de Sérgio Cabral (PMDB), a maior parte das obras previstas no PAC ainda estão no papel. Alan contou que a duplicação da rua principal de acesso ao Alemão, a Joaquim Queiroz, teve apenas 300 metros de pavimentação e um novo anúncio do governo promete a complementação da obra, que ainda não tem prazo para recomeçar. "O teleférico é o atrativo turístico e orgulho do governo estadual. Para agradar os olhos dos turistas, eles [governo do Estado] construíram um cinturão social no entorno do Alemão, com um colégio público bonito, UPA, creche e o conjunto habitacional. Mas isso só nos locais por onde os turistas passam. Se você entrar na comunidade, vai encontrar o resultado do desleixo do poder público, a real precariedade que tentamos combater", disse ele.
O transporte alternativo, segundo Alan, continua discriminado pelo governo, apesar de ser o principal meio de deslocamento da comunidade. Outro ponto criticado pelos moradores é o que eles chamam de "Turismo Exótico", que na visão de Alan é um serviço oficial que fortalece o preconceito que sempre existiu em relação as favelas. "O turista embarca na gôndola na Estação Bonsucesso, que fica na parte baixa do morro, passa por cima do Alemão e vai direto para a Estação Palmeiras, onde fica o Mirante com a vista maravilhosa do Rio e toda uma infraestrutura de serviço que teve aprovação do governo como forma de agradar o visitante. Daí, ele desce e pronto, acabou o passeio. Cadê a interação social que o governo disse que haveria entre turista e comunidade? O comércio do Alemão é forte, mas não pode contar com o 'Turismo Exótico', que passa longe dele e não contribui para a economia local", desabafou o coordenador social.
No centro das críticas, o teleférico não corresponde ao desempenho esperado pelo poder público. Com 152 gôndolas com capacidade de transportar até 10 pessoas cada uma, o teleférico foi projetado para ser o transporte principal do Alemão, com previsão de atender 30 mil passageiros por dia, no trajeto de 3,5 quilômetros, desde a entrada do morro até o seu topo, em 16 minutos. No entanto, a demanda diária de moradores que usam o teleférico é de 12 mil, mesmo eles tendo direito a duas passagens gratuitas e ao valor promocional de R$ 1. Para o turista o valor da passagem é de R$ 5. No dia 15 de dezembro de 2012, foi registrado o recorde de passageiros transportados, com mais de 19 mil embarques no sistema, que é integrado à rede ferroviária por meio da Estação Bonsucesso/TIM (ramal Saracuruna). 
As anotações de Alan desde as primeiras atividades do Comitê de Desenvolvimento da Serra da Misericórdia, com as análises de desenvolvimento social e urbanístico do Alemão feitas junto às autoridades do Estado, foram reunidas num dossiê e entregue ao líder do movimento "Rocinha Sem Fronteiras", José Martins de Oliveira. Há alguns meses, as lideranças das duas comunidades estão se encontrando para conhecer os problemas comuns. "Foi possível perceber que são as mesmas precariedades vividas na Rocinha, no Alemão e provavelmente em todas as outras comunidades cariocas", comentou Davison Coutinho, participante do "Rocinha Sem Fronteiras" e membro da Comissão de Moradores da Rocinha, Vidigal e Chácara. 
Davison visitou o Complexo do Alemão na quinta-feira passada (26/9) e na reunião que teve com Alan Brum, destacou que "os problemas estruturais e sociais dessas regiões são oriundo de um problema maior, que é a falta de participação dos moradores nas decisões das obras de intervenção do governo do Rio, ferindo a lei federal de número 10.257, que exige a inclusão da população nesses processos". Segundo os representantes comunitários, o governo de Sérgio Cabral realiza os encontros oficiais com a população, mas apenas para apresentar os projeto do PAC. "Os moradores reclamam, criticam e oferecem opiniões, porém nada é ouvido, só é feito que o governo quer. Até porque a empresa responsável pelo social do PAC, que deveria acolher as decisões dos moradores é contratada pela concessionaria das obras e fica claro que ela não pode ir contra quem ela é subordinada [poder público]. É uma falsa participação dos moradores nas reuniões que eles coletam assinaturas e fotos e enviam para o Ministério das Cidades, como se as populações das comunidades estivessem de acordo com o que eles propuseram. O teleférico não é prioridade para as comunidades e isso já foi comprovado no Fórum de Mobilidade do Clube de Engenharia, que participamos há pouco tempo. O dinheiro do PAC no Alemão e na Rocinha deveria ser empregado no saneamento básico, já que está comprovado que para cada dólar gasto com saneamento, representa U$ 5 economizados com saúde. Esse valor deveria ser revertido para politicas publicas estruturantes, como mobilidade, transporte, saúde, educação, cultura, assistência social. Todos esses dados constam dos relatórios produzidos pelo governo com as comunidades, mas não seguem para o governo federal", denunciaram os representantes da Rocinha e do Alemão.
Panfletos e cartazes distribuídos na Rocinha alertam para a ineficiência do Teleférico
Líder do "Rocinha sem Fronteiras", José Martins de Oliveira, residente há 47 anos na comunidade, aponta muitas falhas podem ser enumeradas na execução do PAC 1 e 2. Martins considera que o maior engano no projeto do PAC 2 é a construção do teleférico, que mobiliza a maior fatia da verba do plano e não atende as revindicações da população regional. "É um presente de grego", considerou Martins. Ele destacou que as obras do PAC 1 foram discutidas no ano de 2005, dando prioridade ao saneamento básico na Rocinha e seriam desenvolvidas num prazo de 10 anos, através do Plano de Desenvolvimento Social. Nesse projeto, em nenhum momento foi citada a construção do Teleférico. Em 2007 as obras iniciaram, mas foram paralisadas pelo governo estadual em 2010, com mais de 25% do projeto pendente, inclusive o saneamento básico. O PAC 2 prevê a finalização das obras, mas dá prioridade ao Teleférico da Rocinha.
"Vai acontecer com a Rocinha a mesma situação constatada no Alemão, das pessoas não utilizarem o teleférico e ele ser meio de transporte apenas para turistas. Estavam previstas diversas obras, construções foram derrubadas e muito deixou de ser feito. O saneamento, que era a grande reivindicação dos moradores, não chegou até hoje. O caminho certo é discutir com a comunidade o que deve ser feito com as verbas", reclamou ele. Enquanto o governo não vai à comunidade discutir o PAC 2, Martins está convocando os moradores para uma reunião periódica e abordando os principais pontos referentes ao desenvolvimento do projeto na comunidade.
Atualmente, a maior reivindicação dos moradores das duas comunidades é para que o Ministério das Cidades acolha as suas prioridades. "Nós nos unimos para que juntos possamos fortalecer as ações em prol de um bem maior para a população", contaram Alan e Davison. Em parceria com a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), presidida pelo deputado Marcelo Freixo (PSOL), Alan Brum vai entrar com representação no Ministério Público do Estado (MP/RJ) e no Tribunal de Contas do Estado (TCE) contra o governo do Rio, exigindo o retorno das obras inacabadas do PAC e a prestação de contas aos moradores de todos os gastos do referentes ao projeto. E no decorrer dessa semana, o governo Sérgio Cabral também deve ganhar mais um processo referente ao PAC. "Nós vamos procurar o Ministério Público do Rio nos próximos dias e vamos entrar com ação pedindo a finalização das obras do PAC 1 na Rocinha. Vamos processar o Estado pela não execução do projeto prometido", anuncio José Martins, em nome do movimento "Rocinha sem Fronteiras". 
Emop garante que Rocinha terá mais investimentos
Segundo a Empresa de Obras do Estado do Rio de Janeiro (Emop), a Rocinha vai receber investimentos federais e estaduais de cerca de R$ 1,6 bilhão para execução de obras de infraestrutura, habitação e reordenamento urbano. "As obras vão priorizar a implantação de sistemas de drenagem, redes de esgoto, água e iluminação, a instalação de redes coletoras de lixo, a abertura de vias e o alargamento das Ruas 1, 2 e da Estrada da Gávea", destaca a nota envida pelo órgão ao Jornal do Brasil.
A nota afirma ainda que o teleférico é uma alternativa proposta à questão de mobilidade urbana, "a fim de que os moradores possam alcançar as partes mais altas da comunidade que estarão integradas a outros sistemas de transporte de massa como o metrô, com estação na parte baixa da Rocinha, e a integração com linhas de apoio ao metrô na parte alta, junto ao bairro da Gávea". De acordo com a Emop, os recentes recursos vão viabilizar a construção de uma creche e unidades habitacionais para famílias realocadas de áreas de risco ou de lugares desapropriados para a execução do projeto, que ainda está fase de elaboração.
O comunicado destaca também que serão realizados pelo menos 15 encontros com a comunidade para a discussão do projeto. "Até o momento já foram realizadas seis reuniões, com a participação total de aproximadamente 1000 moradores. As obras vão priorizar o saneamento, como é o desejo da comunidade, que aprova também a construção do teleférico, com  algumas exceções, é claro, como é natural em uma comunidade com mais de 100 mil habitantes", destaca o texto. A empresa conclui afirmando que a questão da mobilidade na Rocinha contempla também a construção de um plano inclinado, mas não dá maiores detalhes sobre esse projeto.

Apresentação dos Projetos do PAC 2 na Rocinha


domingo, 29 de setembro de 2013

Menina é encontrada morta em terreno a cerca de 100 metros da UPP da Rocinha

A mãe de Rebeca esteve no local do crime. Ela encontrou a filha morta
O corpo de Rebeca Miranda Carvalho dos Santos foi recolhido pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil e encaminhado para o IML
Uma menina de 9 anos foi encontrada morta em um terreno baldio na localidade da Cachopa, a cerca de 100 metros da sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha.
Rebeca Miranda Carvalho dos Santos desapareceu na noite do último sábado, entre 21 e 22h. Ela estava em uma festa, onde havia muitas crianças, em um beco próximo à UPP, quando sumiu.

Rebeca Miranda tinha 9 anos e estaca no 4º ano do Ensino Fundamental

Segundo policiais da 15ª DP (Gávea), onde foi registrado o desaparecimento, a responsável pela menina fez o registro de ocorrência por volta das 5h da manhã de hoje. Ao voltar à comunidade, a mãe e vizinhos a encontraram morta.


Agentes da Delegacia de Homicídios (DH) disseram que Rebeca foi encontrada embaixo de um monte de telhas, o que sinaliza que o criminoso tentou esconder o corpo. No local, os policiais também recolheram uma sandália de adulto e um boné, que acreditam ser do autor do crime. Uma testemunha que estava na festa disse à polícia que um homem negro, de 20 a 30 anos, abordou a menina oferecendo algo que parecia ser comida e a levou para fora do beco, a cerca de 20 metros de onde o corpo foi encontrado.
Em nota, a UPP da Rocinha informou que PMs da unidade, após serem chamados pelos moradores, foram ao local onde estava o corpo e constaram que a criança estava morta, com as roupas íntimas abaixadas e com sinais aparentes de estupro e estrangulamento.
Rebeca era nascida e criada da Rocinha, e estava no 5º ano do Ensino Fundamental e queria ser médica. Emocionado, o pai da menina, Reinaldo dos Santos, de 57 anos, pede justiça:



Reinaldo dos Santos, pai da vítima, pede justiça:
- Ela era um doce de menina. Tinha muitos sonhos e tudo acabou desta maneira horrorosa. Não sei quem é o monstro que fez isso com a minha filha, mas ele vai ter que pagar.
O corpo foi encaminhado ao IML por volta das 10h da manhã, e a família seguiu para o local fazer o reconhecimento e depois, junto com a testemunha, prestará depoimento formal à DH.




Major Pricilla promete melhorar a vida dos moradores da Rocinha


Além de trocar comando de 25 unidades, PM fará ações contra o tráfico

A major Pricilla na solenidade de troca dos comandos de 25 das 34 UPPs: PM quer combater traficantes que resistem em áreas pacificadas

De temperamento dócil e querida por moradores do Dona Marta, a oficial assume o novo posto no lugar do major Edson Santos, quase dois meses depois do desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, que sumiu após ser levado para a UPP da Rocinha.
 A polícia ainda investiga o caso.

Perguntada sobre seu novo posto, Pricilla disse que pretende fazer seu trabalho com dedicação, da mesma forma que atuou na primeira UPP.
— Eu me dediquei aos moradores (do Dona Marta) como forma de melhorar a vida de todos lá e vou fazer a mesma coisa na Rocinha. Vou trabalhar junto com meus 700 policiais na tentativa de fazer uma boa gestão lá — disse a major.
Três das 34 comunidades já pacificadas serão alvo, a partir do final deste mês, de operações policiais para combater o tráfico remanescente, apreender armas e drogas, além de melhorar o patrulhamento. A Operação União de Paz foi anunciada pelo coordenador de Polícia Pacificadora, coronel Frederico Caldas, durante a troca de 25 dos 34 comandantes de UPPs. As comunidades da Rocinha, do Complexo do Alemão e do Complexo de São Carlos serão os primeiros alvos da operação.


Ação mobilizará 200 PMs
Ao todo, 200 policiais, todos de UPPs, ficarão encarregados de fazer abordagens, patrulhamento e apreensões, a partir de dados repassados pelo setor de inteligência. Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) não serão utilizados nessas ações.
— Tenho 8.600 policiais lotados em todas as UPPs, não há por que utilizar homens do Bope nessas ações. A Operação União de Paz vai acontecer com nosso próprio efetivo. Serão operações preventivas, nas quais vamos coibir a tentativa de resistência do tráfico de drogas — disse o coronel Frederico Caldas.
Durante a solenidade em que assumiu o comando da UPP da Rocinha, a major Pricilla chorou ao receber flores da afilhada Beatriz Nunes da Silva, de 13 anos, moradora do Morro Dona Marta. Solteira e com 35 anos, Pricilla disse que batizou diversas crianças na comunidade de Botafogo e já está pronta para ganhar mais “sobrinhos” e afilhados na Rocinha.
— Com certeza estou pronta para receber todos com muito carinho, da mesma forma com que trabalhei na outra UPP — disse a oficial.
De acordo com o coronel Frederico Caldas, as mudanças no comando de 25 das 34 UPPs aconteceram para dar uma oxigenada em algumas unidades e atingir resultados melhores com a política de proximidade com os moradores. Ele acrescentou que os policiais passarão por um treinamento maior, devendo tratar todos os moradores com respeito. Além disso, as abordagens devem ser mais seletivas.
— Quero que todos os comandantes se ocupem de seus policiais, cuidem de seus profissionais, orientem os PMs e exerçam vigorosa fiscalização sobre seus procedimentos e ações diárias nas comunidades. Não há incompatibilidade nenhuma entre ser exigente e gentil — disse o coronel Frederico Caldas.
Mudanças no São Carlos
Entre as mudanças feitas pelo coordenador de Polícia Pacificadora, está também a do comando da UPP do Complexo de São Carlos. Nessa comunidade, vai assumir o posto o major Leonardo Nogueira, que já esteve à frente das UPPs do Morro do Cantagalo, em Ipanema, e da Mangueira. O desafio agora, segundo o coronel Frederico Caldas, será levar tranquilidade para a comunidade do São Carlos, que ainda apresenta alguns problemas.
— Ele, o major Leonardo Nogueira, fez um excelente trabalho por onde passou, e quero que leve essa boa experiência para o Morro de São Carlos.
Quem é Pricilla?
Pricilla de Oliveira Azevedo, de 35 anos, 15 deles na PM, assumiu em 2008 o comando da primeira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio, a do Morro Dona Marta, em Botafogo. A um dos redutos mais violentos do tráfico, ela levou um policiamento que unia austeridade contra o crime e delicadeza com os moradores. Nascida em São Gonçalo e solteira, ficou conhecida por participar da distribuição de brinquedos no Dia das Crianças.
Depois de passar mais de dois anos no Dona Marta, período em que os dez mil moradores da favela experimentaram novos tempos de paz, ela foi promovida a coordenadora-geral de programas estratégicos da Secretaria de Segurança. Esse trabalho fez dela a primeira brasileira a ganhar o Prêmio Internacional Mulheres de Coragem, do Departamento de Estado dos Estados Unidos. A major recebeu a homenagem da secretária de Estado, Hillary Clinton, ao lado da primeira-dama Michelle Obama.
Na solenidade, Hillary lembrou o sequestro da oficial em 2007, durante o qual ela foi espancada e, aproveitando uma distração dos bandidos, escapou pela mata. Determinada, no dia seguinte Pricilla saiu à caça dos sequestradores, e todos foram presos.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/major-pricilla-promete-melhorar-vida-dos-moradores-da-rocinha-9868072#ixzz2gIVTVvaF 


Menina é encontrada morta em terreno a cerca de 100 metros da UPP da Rocinha

Uma menina de 9 anos foi encontrada morta em um terreno baldio na localidade da Cachopa, a cerca de 100 metros de uma Unidade de Polícia Pacificadora, na Rocinha.
Segundo uma vizinha do local onde o corpo foi encontrado, a criança desapareceu na noite do último sábado, entre 21 e 22h. Ela ia a uma festinha em um beco próximo à UPP, quando sumiu. Nas primeiras horas da manhã deste domingo, a menina foi encontrada pela mãe e vizinhos.
Segundo policiais da 15ª DP (Gávea), onde foi registrado o desaparecimento, a responsável pela menina fez o registro de ocorrência por volta das 5h da manhã de hoje.




Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/menina-encontrada-morta-em-terreno-cerca-de-100-metros-da-upp-da-rocinha-10193318#ixzz2gINFxEbt 

PMs serão indiciados por sequestro e morte de Amarildo


Inquérito será entregue ao MP e acusa pelo menos cinco policiais

Ato na Rocinha organizado pela Anistia Internacional questiona o paradeiro de Amarildo, que está desaparecido desde 14 de julho, quando foi levado para prestar esclarecimentos na UPP da Rocinha. 


O Ministério Público vai receber nesta segunda-feira o relatório do inquérito da Divisão de Homicídios que apura o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. Ele foi visto pela última vez no dia 14 de julho, quando foi levado por policiais militares para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha para averiguação, durante a operação policial “Paz Armada”. No documento, pelo menos cinco policiais, entre eles o major Edson Santos, ex-comandante da UPP da comunidade, serão acusados pelo crime de sequestro seguido de morte de Amarildo. Também será pedida a prisão preventiva dos acusados.
A prisão preventiva, ainda de acordo com fontes da polícia e do MP, será pedida porque testemunhas do crime denunciaram ter havido coação, tentativa de suborno e intimidação durante as investigações. O relatório será entregue dois meses depois de o caso ter sido assumido pela Divisão de Homicídios. De acordo com as investigações, Amarildo teria sido levado na noite de domingo pelos policiais Douglas Roberto Vital Machado, conhecido como Cara de Macaco, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Marlon Campos Reis e Victor Vinícius Pereira da Silva. Cara de Macaco, segundo o inquérito, seria desafeto da família do ajudante de pedreiro e abordou Amarildo quando ele saía de uma birosca, próxima de sua casa. Mesmo com moradores relatando ter pedido para ele deixar Amarildo em paz, o PM Vital teria falado através do rádio com o major Santos, que determinou que o levassem até a UPP.

Na época o major justificou que Amarildo teria sido liberado cerca de dez minutos depois de chegar à sede da UPP, no Parque Ecológico, que fica na parte alta da favela, conhecida como Portão Vermelho. Na versão do oficial, Amarildo teria descido a escadaria que dá acesso à Rua Dioneia, mas que, devido a uma pane no sistema de câmeras do local, não havia registro da saída dele. O então delegado adjunto da 15ª DP (Gávea), Ruchester Marreiros, chegou a concluir em relatório que o ajudante de pedreiro havia sido sequestrado e morto por traficantes ao deixar a UPP. Mas a versão foi contestada pelo titular da delegacia, Orlando Zaccone.
Denúncias de tortura
As investigações da Divisão de Homicídios revelaram que uma terceira câmera na Rua Dioneia, próxima das escadas, estava funcionando na noite do crime. Mas ela não revelou qualquer registro da passagem de Amarildo pelo local.
Moradores e testemunhas denunciaram ainda casos de tortura durante a operação “Paz Armada”. Segundo eles, PMs pressionavam moradores a revelar aonde os traficantes escondiam armas e drogas. Ontem, a diretora do Posto Regional Técnico-Científico de Resende, Flávia Medeiros, afirmou que o material biológico coletado de uma ossada carbonizada, encontrada no último domingo no bairro Montese, em Resende, conforme noticiou “O Dia”, será submetido a exame de DNA para verificar se pode ser de Amarildo.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/pms-serao-indiciados-por-sequestro-morte-de-amarildo-1-10187465#ixzz2gILD4epv 

Nadadores internacionais participam de evento na Rocinha


Destaques como Manaudou, Bousquet e Sprenger passeiam por ruas e largos da comunidade


Na sexta-feira dia 27/09, cerca de 300 crianças da Rocinha tiveram um dia especial, com as visitas dos nadadores que irão tomar parte, no próximo domingo, no Botafogo, do Desafio Internacional Raia Rápida. Os atletas participaram de ação social-esportiva no Centro Esportivo da Rocinha, onde apresentaram os quatro estilos de nado, conversaram, e lancharam com as crianças. Além disso, estrelas como Florent Manaudou, Fred Bousquet e Christian Sprenger aproveitaram para conhecer os recantos da comunidade. Passaram por becos e vielas, tiraram fotos, brincaram com as crianças, e alguns australianos e americanos pararam para tomar açaí. Os atletas caminharam por pontos conhecidos do local, como a Via Apia e o Largo do Boiadeiro, onde ocorre a feira nordestina.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/esportes/nadadores-internacionais-participam-de-evento-na-rocinha-10183039#ixzz2gIBgxmZ9 

sábado, 28 de setembro de 2013

Educação na Rocinha não é prioridade para a Prefeitura

Quem mais sofrem são as crianças

educação, pouco a pouco, tem deixado de ser vista como prioridade pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Enquanto o prefeito não resolve as questões e reivindicações dos profissionais de educação da cidade, crianças da Rocinha e de diversas outras comunidades sofrem com o prejuízo causado pela greve.
Os professores, que são os profissionais  responsáveispela formação de toda criançada e são incentivadores do ensino a essas crianças precisam de respeito e tratamento justo.  As escolas da Rocinha são espaços vergonhosos, não condizem com espaços de trabalho e ensino dignos. Uma das escolas tem salas divididas por meia parede de madeira, o que causa um impedimento de ensino e atrapalha ainda mais o trabalho do professor dificultando o aprendizado dos alunos.
Quem mais sofre com toda essa situação são nossas crianças, que já são prejudicadas pela baixa qualidade e investimento na educação. As chances de um morador de favela são ainda menores de superarem as dificuldades e terem um futuro promissor, já que as escolas estão há mais de 50 dias em greve,  um verdadeiro absurdo.
O ensino público, gratuito e obrigatório, deveria ser visto e tratado com prioridade absoluta, já que se trata da única e melhor maneira de alcançar uma verdadeira transformação na vida de todo essa população.
Os professores são verdadeiros heróis que sempre subiram as comunidades, em meio de tiroteio e tudo isso sem condições de trabalho dignas. E agora o que será dessas crianças que já sofrem com um ensino inferior e inadequado a formação? Qual será a chance de uma delas chegarem ao ensino superior, com tantos dias sem aula?
Os pais e mães também sofrem com a preocupação do ensino dos filhos, além de se preocuparem do vazio diário por não contarem com a parceria da escola que é pouca, mas necessária.
Daniela Maia e seu filho
“Meus 03 filhos estão em casa por causa da greve, apoio os professores, eles estão lutando pelo direito deles, no entanto a minha preocupação é muito grande pela falta de ensino das crianças, estão todos em casa, e depois não sabemos como eles vão passar de série, qual será a avaliação. Eles já têm dificuldade em algumas matérias, agora então vai piorar. Nada vai ser feito para recuperar esse tempo perdido de ensino dos meus  filhos, estão todos em casa, e ficar solto na comunidade é uma grande preocupação.” Daniela Maia, moradora da Rocinha.
Quantas crianças estão nas ruas, sem ocupação, será que a Prefeitura já calculou e se sensibilizou do dano causado a elas, danos estes que jamais serão calculados em números, e são muito mais prejudiciais do que se imagina.
A educação é à base de tudo, a Prefeitura precisa parar de pensar na educação como gasto, não se trata de gasto, se trata de investimento!
Davison Coutinho

Fonte:
http://www.jb.com.br/comunidade-em-pauta/noticias/2013/09/27/educacao-na-rocinha-nao-e-prioridade-para-a-prefeitura/
*Davison Coutinho, 23 anos, morador da Rocinha desde o nascimento. Formando em desenho industrial pela PUC-Rio, membro da comissão de moradores da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, professor, escritor, designer e liderança comunitária na Comunidade, funcionário da PUC-Rio.  


domingo, 8 de setembro de 2013

PM troca comando de 25 UPPs; confira os novos comandantes

Major Priscilla, que vai assumir a UPP da Rocinha, se emociona ao cumprimentar o comandante das UPPs, coronel Frederico Foto: Bruno Gonzalez / EXTRA


A Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) anunciou na manhã desta sexta-feira a troca de comando de 25 das 34 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) que compõem o processo de pacificação iniciado em dezembro de 2008. Na ocasião, o coordenador-geral das UPPs, coronel Frederico Caldas, anunciou a UPP Arará/Mandela como a 34ª unidade do Estado. As duas comunidades eram atendidas, anteriormente, pela UPP Manguinhos, mas agora terão uma unidade exclusiva para esses locais.
A decisão das mudanças no comando das UPPs surgiu a partir de uma análise feita pelo atual coordenador-geral, coronel Frederico Caldas, que durante o primeiro mês de gestão identificou a necessidade de “oxigenação” do programa UPP. A rotatividade, segundo Caldas, permite o aperfeiçoamento dos oficiais e ainda uma melhor capacitação das gestões a partir do serviço policial praticado no dia a dia das comunidades com UPPs.
Quanto à nova unidade, Arará/Mandela, o efetivo que já atendia a estas áreas foi desmembrado de Manguinhos, portanto não houve a necessidade de convocação de novos policiais. A nova UPP possui um efetivo de 273 policiais. A unidade conta com duas bases avançadas, sendo uma instalada na favela do Mandela (Rua Quatorze) e outra no Arará (Rua Carlos Matoso Corrêa). O comandante da Unidade será o capitão Paulo Ramos, que antes comandava a UPP Adeus/Baiana, no Complexo do Alemão.
Saiba quem são os novos comandantes:
UPP Rocinha – Major Pricilla de Oliveira Azevedo
UPP Cidade de Deus – Major Felipe Romeu
UPP Providência – Capitão Fabio Pereira
UPP Santa Marta – Capitão Jeimison Barbosa
UPP Borel – Capitão Carlos Eduardo Panza
UPP Pavão-Pavãozinho/Cantagalo – Capitão Douglas Ultramar
UPP Tabajaras – Capitão Almir Beltran
UPP Salgueiro – Capitão Jeferson Odilon
UPP Turano – Capitão Felipe Carvalho
UPP Andaraí – Capitão Marcio Rocha
UPP Prazeres/Escondidinho – Capitão Ronaldo Salgado
UPP São Carlos – Major Leonardo Nogueira
UPP Mangueira – Major Márcio Rodrigues
UPP Vidigal – Tenente Carlos Martins da Veiga
UPP Fazendinha – Capitão Ricardo Alves
UPP Nova Brasília – Major Glauco Schorcht
UPP Adeus/Baiana – Major Bruno Xavier
UPP Alemão – Capitão Bruno Leite
UPP Fé/Sereno – Capitão Victor de Souza
UPP Chatuba – Capitão Leo Ludolff
UPP Parque Proletário – Capitão Bruno Amaral
UPP Jacarezinho – Major Plínio César
UPP Manguinhos – Capitão Gabriel de Toledo
UPP Cerro-Corá – Tenente Leandro Carlou
UPP Arará/Mandela – Capitão Paulo Ramos
Permanecem com os mesmos comandantes:
UPP Caju – Major Alessandra Carvalhaes
UPP Babilônia/Chapéu-Mangueira – Tenente Paula Apulchro
UPP Formiga – Capitão Sérgio Stoll
UPP São João – Capitão Adelino de Azevedo
UPP Coroa/Fallet/Fogueteiro – Major Renato Senna
UPP Vila Cruzeiro – Capitão Vinicius Apolinário
UPP Barreira do Vasco – Capitão Joel Silva
UPP Batan – Capitão Marlow Rodrigo
UPP Macacos – Major Felipe Barreto


Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/pm-troca-comando-de-25-upps-confira-os-novos-comandantes-9850952.html#ixzz2eLZC8lYk

Desfile-protesto

Anderson Gomes, filho do pedreiro Amarildo de Souza, que está desaparecido, vai estrear como modelo.

Com 21 anos, negro, de olhos azuis, ele estará no desfile-protesto, dia 16, no Teatro Fashion Mall, no Rio. O desfile vai mostra

Onde está Amarildo?...
O desembargador Lindolpho Morais Marinho, da 16ª Câmara Cível, determinou que o Estado do Rio pague imediatamente um salário mínimo à família de Amarildo.
Decidiu também que a mulher e os filhos terão direito a tratamento psicoterápico de R$ 300 por sessão.r réplicas de roupas da estilista Zuzu Angel.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Pagode do Esquenta Apresenta : RODRIGUINHO SHOW COMPLETO - Acadêmicos da Rocinha

Dia 2 de Agosto tem mais um Super Show Completo com RODRIGUINHO cantando seus maiores Sucessos dos seus 15 anos de Carreira.

GRES Acadêmicos da Rocinha: Rua Bertha Lutz, 80, 22450-290 Rio de Janeiro

PONTO DE VENDA : PAIOL DO SURF (VALÃO E RUA 1)

INFORMAÇÕES E CAMAROTES: 7956-8662 / 7857-1583 / 87*3930

segunda-feira, 15 de julho de 2013

As bocas de fumo da Rocinha

Mapa da Polícia Civil detalha os pontos de vendas de drogas na comunidade


Traficante Nem da Rocinha é condenado a 16 anos de prisão


  • “Nada acontecia na comunidade sem que ele tivesse conhecimento e concordasse”,
  •  diz a sentença.
  • Operação prendeu 33 no fim de semana.
  • Delegado afirma que, mesmo preso, ele ainda comanda tráfico.

  • Nem está preso desde novembro de 2011 - Fernando Quevedo / Agência O Globo

    RIO - Chefe do tráfico na comunidade da Rocinha, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, foi condenado a 16 anos e oito meses de prisão por associação para o tráfico exercida de forma armada. A sentença foi proferida pela 17ª Vara Criminal da Capital nesta segunda-feira.
    De acordo com a Justiça, Nem - também conhecido como ‘Papai’ ou ‘Mestre’ - comandava cerca de 400 homens divididos em inúmeros setores para garantir o controle territorial e populacional da comunidade. O cumprimento da pena será em regime inicial fechado. No processo, afirma-se ainda que a rentabilidade do grupo de Nem era extremamente vultosa, assim como seu poderio bélico.

    “Nada acontecia na comunidade sem que o mesmo tivesse conhecimento e concordasse. Era ele quem ditava as regras de conduta a ser seguidas pelos moradores. Aqueles que o afrontassem estavam sujeitos ao ‘tribunal do tráfico’ e a pena por muitas vezes imposta era a própria vida”, assinala a decisão.
    No final de semana, policiais civis e militares realizaram uma operação na Rocinha para cumprir 58 mandados de prisão. Ao todo, 33 pessoas foram presas. De acordo com o delegado titular da 15ª DP, Orlando Zaconne, Nem ainda comanda o tráfico na comunidade. Mesmo preso desde novembro de 2011, suas ordens agora são repassadas à quadrilha por meio de John Walace da Silva Viana, o Johnny, que passou a coordenar o tráfico na comunidade e está foragido.
    Nesta segunda-feira, O GLOBO revelou escutas que confirmam haver pelo menos um informante do tráfico dentro da polícia do Rio. Uma conversa entre dois criminosos interceptada com autorização judicial mostra que a namorada de um dos bandidos trabalha na administração da polícia. Segundo a escuta, ela informou aos traficantes que o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) entraria na comunidade. Na conversa, um deles alerta: “Minha mina me ligou e disse que o Bope vai estar aqui. Estão com várias fotos de vocês. Mete o pé. Os caras têm a missão de sumir com vocês”.
    A polícia ainda não sabe o que fará com a informação. De acordo com nota da Polícia Civil, todos os dados estão sendo analisados. As escutas são parte do inquérito que investiga a atuação da quadrilha de Nem na favela.

    Fonte:http://oglobo.globo.com/rio/traficante-nem-da-rocinha-condenado-16-anos-de-prisao-9044569