quarta-feira, 26 de junho de 2013

Sérgio Cabral receberá moradores da Rocinha na 6ªf

O governador Sérgio Cabral (PMDB) receberá, na sexta-feira, 28, comissão de moradores da favela da Rocinha, no Palácio Guanabara, sede do governo. Na noite de ontem, 25, um protesto na zona sul reuniu moradores das comunidades da Rocinha e do Vidigal, que foram até a casa do governador, no Leblon, onde um grupo de jovens está acampado desde a noite de sexta-feira, 21.
Na Rocinha, a principal reivindicação é que a comunidade seja ouvida sobre as obras do PAC. No protesto de ontem, 25, faixas e cartazes rejeitavam a construção de um teleférico e pediam investimentos em saneamento. Emissários do governador também convidaram representantes do movimento Ocupe Delfim Moreira para uma reunião, mas os manifestantes disseram que ainda vão se reunir em assembleia para formar uma comissão e fechar uma pauta de reivindicações.
Os jovens conversaram ontem com os secretários de Governo, Wilson Carlos, e de Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira. "Tivemos uma conversa muito boa com os secretários, explicamos que nossa dinâmica passa por assembleias. Queremos chegar preparados ao encontro com o governador, senão vai parecer que ele está recebendo um bando de Zé Ruela", disse o universitário Bruno Cintra, de 29 anos, formado em Direito e estudante de História, um dos interlocutores do movimento.
Os manifestantes prometem continuar acampados na orla do Leblon, a poucos metros do edifício onde mora Cabral, na rua Aristides Espínola. O Ocupe Delfim Moreira entra nesta quarta-feira, 26, no sexto dia.

Sem máscaras, moradores da Rocinha e do Vidigal protestam por mais qualidade de vida

O movimento que levou o brasileiro de volta às ruas, tônica do Brasil nos últimos dias, ganhou nesta terça-feira um reforço que dá um caráter ainda mais popular às manifestações: parte dos moradores da favela da Rocinha, a maior da América Latina, ganhou as ruas da zona sul cobrando especialmente promessas de políticos e melhorias na comunidade.
Cerca de 2,5 mil pessoas caminharam aproximadamente seis quilômetros entre a Rocinha, situada em São Conrado, e a porta da casa do governador Sérgio Cabral (PMDB), no Leblon, que tem um dos metros quadrados mais caros da cidade.
Antes da manifestação, era inegável um clima de certa apreensão no ar por parte de policiais, jornalistas e comerciantes. Depois dos distúrbios em protestos na região central da capital fluminense na semana passada, havia o temor de que os moradores da comunidade, inflamados pelo chamado "despertar do gigante", pudessem tomar atitudes violentas semelhantes a de alguns manifestantes em protestos recentes.
O que se viu, no entanto, foi um cenário bem diferente do que muitos temiam. Apesar de uma certa desorganização do comando da passeata, os manifestantes fizeram o percurso de forma tranquila. E com um tom diferenciado em relação aos recentes protestos: muita irreverência.
"Sai do chão, sai do chão, quem é contra o Caveirão", pulava e gritava, de forma bem animada, a garotada que se manifestava na passeata. Mais do que gritar contra a PEC 37 ou pedir a saída de governantes, os que ali protestavam pleiteavam aquilo que estava ligado ao dia-a-dia deles. No exemplo acima, protestavam contra a repressão policial, ao se mostrarem contra o uso do veículo blindado da polícia, usado em violentas ações, geralmente em favelas.
Em um dos cartazes empunhados pelos manifestantes, lia-se PAC. Mas a menção era uma alusão negativa ao Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal, que no Rio de Janeiro, tem na Rocinha uma das grandes vitrines. Para o manifestante, a sigla significa "Pão, Água e Circo". Reclamações contra as obras do PAC eram recorrentes no protesto.
"Muitas obras do PAC estão atrasadas na Rocinha. Recentemente, a presidente Dilma anunciou a construção de um teleférico. Não somos ouvidos. Nossa prioridade é que tenhamos obras de saneamento. Ninguém nos consulta", afirmou a estudante Érica Santos, 21, uma das líderes do movimento.
Houve poucos gritos direcionados para políticos. Ao contrário das outras manifestações, quase não se ouviu críticas ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) ou ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB).
Multidão tomou conta de ruas do entorno do apartamento de Sérgio
Cabral, no Leblon, zona sul do Rio
Foto: Daniel Ramalho / Terra
A unanimidade negativa entre os manifestantes da Rocinha era o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB). 
Músicas de funk que exaltam o favelado, como o "Rap da Felicidade", de Cidinho e Doca, também foram cantados. O tom irreverente da passeata aparecia constantemente. Quando os manifestantes passavam pelo Motel Vip`s, famoso por ter suítes com uma bela vista para o mar, o público não perdoou. "Ei, qual é a tua, sai do motel e vem pra rua", cantavam.
Outra característica distinta das outras manifestações ocorridas foi a falta de pessoas com máscaras ou camisas cobrindo o rosto. Antes de a passeata começar, os líderes, com megafones, instruíam para que ninguém adotasse esse recurso. Uma pessoa que fotografava a manifestação, e que estava com um lenço no rosto, foi prontamente alertada pelos organizadores.
"Estamos aqui em paz. Vamos evitar cobrir o rosto. Vamos mostrar para o mundo que, apesar de o governo não ter investido, temos educação", discursava um dois manifestantes.
Não faltaram também críticas às condições da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Rocinha. Segundo os manifestantes, é comum não haver médicos para atender os pacientes que procuram o posto. A UPA é a principal vitrine da área de saúde do Governo Cabral.
A polícia fez a segurança com 150 homens. À frente do protesto, o tenente-coronel Luis Octávio Lopes da Rocha Lima dialogava o tempo todo com os líderes, pedindo que as pessoas respeitassem os limites impostos pela PM. Apesar da empolgação de muitos que insistiam em não respeitar a linha delimitada pela polícia, não houve qualquer incidente entre os manifestantes e os militares.Em determinado momento, um pequeno grupo começou a xingar um major que estava entre os policiais. Foram imediatamente contidos pela liderança do protesto.
Depois de pouco mais de 1h30 de caminhada, a passeata chegou até a praia do Leblon, em frente à casa do governador. O clima pacífico continuou. Em tempos de batalha nas ruas, o morador da Rocinha deu uma aula de civilidade aos manifestantes brasileiros.
"Queremos mostrar que sabemos e podemos nos manifestar de forma pacífica. Queremos ampliar esse movimento, temos que reivindicar nossos direitos", resumiu Érica.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

NA TERÇA FEIRA 25 DE JUNHO SERÁ REALIZADA UMA MANIFESTAÇÃO PACÍFICA - FAVELA DA ROCINHA, VIDIGAL E ADJACÊNCIAS

CONCENTRAÇÃO A PARTIR DAS 17:00 EM FRENTE AO ACADÊMICOS DA ROCINHA (RUA BERTHA LUTZ, 80). ÀS 18:30 SEGUIREMOS A PÉ ATÉ O LEBLON EM FRENTE A CASA DO SÉRGIO CABRAL.


Um ato em prol do Brasil e das comunidades.

Melhora no transporte, término das obras do PAC, investimentos mais prioritários ao invés

do teleférico, educação de qualidade nas escolas e creches públicas e saneamento básico.



segunda-feira, 17 de junho de 2013

Lívia Andrade pode virar rainha de bateria da Rocinha

Lívia Andrade, a professora Suzana de Carrossel, do SBT, foi sondada para assumir o posto de rainha de bateria da Acadêmicos da Rocinha no Carnaval de 2014. As informações são do colunista Leo Dias, do jornal O Dia.
De acordo com a publicação, a atriz só não deu a resposta porque também será madrinha de bateria da Tucuruvi, em São Paulo, e o sorteio da ordem do desfile vai acontecer amanhã.
Ainda segundo o jornal, de der para conciliar os dois desfiles, ela jura que aceita.

Assistam ao vídeo de como a Rocinha ficaria após a implantação do PAC2

PAC 2 VAI INVESTIR R$ 2,66 BILHÕES EM COMUNIDADES DO RIO DE JANEIRO

Anúncio foi feito pela presidenta Dilma Rousseff na Rocinha. Governo do Rio vai investir R$ 800 milhões

Lançamento do PAC 2 Rocinha


sábado, 15 de junho de 2013

Teleférico é enfeite, diz morador da Rocinha sobre anúncio de Dilma

A visita da presidente da República, Dilma Rousseff, à favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (14), atraiu manifestações de moradores insatisfeitos com a estrutura de saneamento básico da comunidade. Para o lojista Márcio Neves, 42, o dinheiro que será gasto com o teleférico da Rocinha, cujas obras fazem parte da segunda fase do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), deveria ser usado para "fechar os valões" da favela, além de melhorar o sistema de distribuição de água e esgoto.
"Na Rocinha, existem centenas de valões com esgoto a céu aberto. São muitos casos de crianças que pegaram doenças por brincar nesses valões. Queremos que o PAC 2 traga melhorias de verdade, e não apenas uma maquiagem para os gringos", disse. "Não adianta ter o teleférico, que é um enfeite, assim como foi no Complexo do Alemão." O governos federal e do Rio de Janeiro estão investindo um total de R$ 2,8 bilhões a Rocinha e nos complexos do Lins e do Jacarezinho, sendo R$ 1,6 bilhão na primeira.


A presença de Dilma na maior favela da América Latina também fez com que os moradores de outras comunidades do Rio acordassem cedo para protestar. No Complexo Esportivo da Rocinha, onde a presidente participou de um evento para divulgar o PAC 2, o presidente de uma das associações de moradores do Andaraí (zona norte), André Santana, exibiu um cartaz pedido obras em sua comunidade, até ser repreendido pela segurança da Presidência.
"Em 2010, quando o presidente Lula foi no Cantagalo, ele prometeu que as favelas do Complexo do Andaraí estariam no PAC 2. Estamos aqui para cobrar isso da Dilma e saber por que eles colocaram o Borel e a Formiga e pularam direto para o Lins. Sendo que é um maciço só", afirmou. "Temos 500 famílias morando em áreas de risco."
Uma dessas famílias é a de Jane Calixto da Silva, que mora com seis filhos em uma casa condenada há dois anos pela Defesa Civil, em uma comunidade conhecida como Sá Viana, no Andaraí. "Eu não durmo em casa quando chove, porque é mais água dentro do que fora. Parece um pesadelo. Em cima da minha casa, tem uma pedra que ameaça cair há dois anos", disse. "Eles [Secretaria Municipal de Habitação] falam que é para a gente procurar um abrigo, mas nem cracudo quer ficar em abrigo."
De acordo com a Secretaria Estadual de Obras, as obras do PAC 2 vão beneficiar cerca de cem mil pessoas --população estimada da favela da Rocinha, que receberá novos sistemas de macrodrenagem, redes de esgoto, água e iluminação. Ainda segundo o governo, serão instaladas redes coletoras de lixo e vias importantes como as ruas 1 e 2, no alto da comunidade, serão alargadas e modernizadas.

No Rio, Dilma chama Pezão de "pai do PAC da Rocinha"; Cabral diz que parceria é "amor"

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (13), durante cerimônia de anúncio de investimentos em infraestrutura urbana e equipamentos sociais nas comunidades da Rocinha e nos complexos do Lins e do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, que o vice-governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), foi chamado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "pai do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] da Rocinha".

O momento a que Dilma se refere foi em 2008, em cerimônias em Manguinhos e na Rocinha, durante o lançamento de obras do PAC. No mesmo dia, horas antes, Lula havia usado pela primeira vez a expressão "mãe do PAC" para se referir à então ministra-chefe da Casa Civil. "Quero que vocês olhem bem na cara deles", disse Lula à época. "Esse homem e essa mulher são os chefes que vão olhar a cada dia, a cada semana, a cada mês, as obras do PAC."
No evento de hoje, minutos antes do início do discurso de Dilma e em clima de troca de elogios, o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que a parceria entre governos estadual e federal no Rio é "amor". "Tentam nos dividir, mas não vão conseguir. No pasará", afirmou Cabral.
No cenário estadual, existe o temor de que a pré-candidatura do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) ao governo do Estado do Rio  possa comprometer a aliança nacional do PT com o PMDB nas eleições de 2014. A disputa se dá entre Lindbgerh e o atual vice-governador fluminense, Luiz Fernando Pezão (PMDB), pelo posto de candidato da coalizão entre PT e PMDB. Quando Lula batizou Dilam de "mãe do PAC", ela era apontada como o nome preferido do presidente para concorrer pelo PT ao Palácio do Planalto em 2010.



quinta-feira, 13 de junho de 2013

Moradores da Rocinha se unem contra construção do teleférico


Parte dos representantes da região se unem contra equipamento na comunidade, onde ainda faltam serviços básicos
Esgoto. Pedestres caminham sobre a água suja na Via Ápia, uma das principais da comunidade  / Eduardo Naddar

Saneamento, coleta de lixo, educação e saúde são itens considerados básicos para a sobrevivência em qualquer lugar. Na Rocinha, porém, segundo alguns moradores, eles estão sendo preteridos por algo que não deveria ser prioridade: o teleférico. O arquiteto Luiz Carlos Toledo, responsável pelo Plano Diretor da Rocinha, aprovado em 2007, concorda. Segundo Toledo, o equipamento, que não estava previsto no projeto inicial, elaborado com o auxílio da comunidade, não trará grande benefício:
— Esta proposta de transporte, além de ser mais cara, por usar uma tecnologia complexa e importada da França, tem alto custo de manutenção. Ela será prejudicial ao comércio local, pois tirará o movimento das ruas. Uma solução seria a implantação de bondes sobre trilhos, que têm tecnologia nacional, já foram implementados em outras regiões com grande êxito e se adaptam melhor às inclinações do morro.
A falta de saneamento é uma das principais queixas dos residentes da Rocinha. Parte deles se organiza para enviar uma carta ao governo questionando a necessidade do teleférico. José Martins, dos grupos Rocinha sem Fronteiras e Rocinha 100% Saneamento, diz que a população não vem sendo ouvida:
— Numa reunião realizada em 2011, onde foi apresentada a ideia do teleférico, os moradores presentes foram unânimes em rejeitar a proposta. Eles pediram saneamento. Dois anos depois, somos informados pela mídia de que o projeto será executado, mesmo sendo contra a vontade de quem mora aqui.
José Britz, presidente da Associação de Moradores de São Conrado (Amasco), faz coro:
— Sofremos com a falta de coleta de lixo e de estrutura da comunidade. Tudo gera um reflexo negativo para o bairro. A construção do teleférico beneficiará somente o turismo. Isso interessa à comunidade como um todo?
Leonardo Rodrigues, presidente da associação de moradores União Pró Melhoramento dos Moradores da Rocinha, no entanto, diz que quem vive na parte alta da comunidade vê o projeto com bons olhos:
— Idosos, cadeirantes e pessoas que precisem se locomover com urgência serão beneficiados — exemplifica.
Ocimar Santos, presidente da associação Rocinha.Org, confirma que as opiniões estão divididas:
— Para alguns, o teleférico será um diferencial; já quem participa de movimentos sociais acha que a construção é um desperdício de capital.
A Empresa Estadual de Obras Públicas (Emop), vinculada à Secretaria estadual de Obras e responsável pelo projeto, esclarece que a obra está inclusa no PAC. Além do teleférico, que terá seis estações e duas linhas, integrando-se ao metrô, haverá obras de saneamento, abastecimento e esgotamento sanitário, aberturas de ruas e relocação de famílias em áreas de risco. O total de investimentos dos governos federal e estadual será de R$ 1,6 bilhão. Os prazos ainda serão definidos. A Secretaria de Obras frisa ainda que melhorar a acessibilidade é um dos pilares do PAC, e que este é um pedido de muitos moradores da Rocinha.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/bairros/moradores-da-rocinha-se-unem-contra-construcao-do-teleferico-8582995#ixzz2W8brQsgc 




Dilma anunciará megainvestimento na Rocinha nesta sexta-feira

Recursos de R$ 2,66 bi do PAC 2 também contemplam Lins e Jacarezinho.
Rocinha receberá R$ 1,6 bi para teleférico, creche e saneamento.


A presidenta Dilma Rousseff vai fazer o anúncio oficial, em visita à Rocinha, na Zona Sul do Rio, marcada para a sexta-feira (14), do investimento de R$ 2,66 bilhões, provenientes do PAC 2, em comunidades da cidade. A principal contemplada será a Rocinha. Localizada na área nobre da cidade, a comunidade receberá investimentos de R$ 1,6 bilhão em obras que incluem a construção do teleférico e de uma creche, além de obras de infraestrutura, moradia e saneamento básico.
Outros R $ 609 milhões serão destinados à comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, que vai receber obras de infraestrutura e habitação. Já o complexo de favelas do Lins vai ficar com R$ 446 milhões, destinados à remoção de pessoas de áreas de risco, à construção de uma creche e à integração de vias com a Estrada Grajaú-Jacarepaguá.
Do total dos recursos, R$ 1,8 bilhão sairá dos fundos não onerosos da União. O restante será financiado pelo Governo Federal e cairá sobre a dívida do estado do Rio.
O governo do estado também confirma a necessidade de remoção de duas famílias na Rocinha para a realização das obras. A maioria, segundo o governo, habita áreas de risco. Outras serão removidas para obras de ampliação das vias e construção das seis estações do teleférico.
Além do teleférico, o principal investimento na comunidade será em infraestrutura. As obras devem contemplar todo o sistema de saneamento. Além da instalação e ampliação de dutos, está prevista a instalação de caixas coletoras manuais de lixo e a implantação de uma  linha coletora ao longo da Estrada da Gávea. Também serão construídas 472 unidades habitacionais.
A previsão para o início das obras é até o final de 2013 e as estimativas para a conclusão são de três anos.

VLT no Porto Maravilha
A presidente também vai anunciar recursos para as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos, que integram o projeto Porto Maravilha. Ao todo serão investidos R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 532 milhões provenientes do PAC mobilidade e R$ 590 milhões provenientes de uma parceria público privada, que vai operar, com subsídio estatal, a operação do VLT por 25 anos.
As obras do VLT tem previsão para serem concluídas no primeiro semestre de 2016, sendo que uma parte começa a operar em 2015. Parte das obras ainda aguardam licença para terem início. A previsão é que os trabalhos comecem na totalidade até o final de julho deste ano. Quem supervisiona o projeto é a prefeitura do Rio.

terça-feira, 11 de junho de 2013

O teleférico da Rocinha

Na quinta, Dilma vai à Rocinha anunciar o PAC II das favelas.
Só lá, serão gastos R$ 900 milhões em saneamento, urbanização e na construção de um teleférico nas mesmas dimensões do Alemão.
A ideia de fazer um teleférico na Rocinha tem o apoio de 88% dos moradores ouvidos numa pesquisa do Instituto Mapear.
Fonte:http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/



O ponto de partida do teleférico será na Via Ápia, a parte baixa e considerado o coração da comunidade. Dali, as gôndolas seguirão até as estações Lajão (altura da Rua 2), Rua 1 e Umuarama — já do outro lado da Rocinha. A segunda linha do teleférico também sai da Via Ápia e tem duas paradas: UPA e Parque — área mais elevada e com acesso reduzido, conhecida como Dionéa, e onde há parque ecológico. Responsável pelo projeto, a Emop (Empresa Estadual de Obras Públicas) estima que o teleférico transportará 30 mil passageiros por dia.
A Via Ápia será o ponto de partida do teleférico e de ligação com a Estação São Conrado do Metrô | Foto: Reprodução
Fonte:http://odia.ig.com.br/portal/rio/rocinha-telef%C3%A9rico-ter%C3%A1-seis-esta%C3%A7%C3%B5es-e-duas-linhas-1.576236


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Quatro homens são presos na Rocinha em operação conjunta entre polícias de MG e do Rio

Traficante suspeito de participar da morte de oficiais do Exército continua foragido

Quatro homens foram presos na tarde desta quinta-feira (6) na Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro, durante operação conjunta entre policiais de Minas e do Rio para encontrar o traficante Wagner Neves, o Waguin. Ele é suspeito de participar da morte de dois oficiais do Exército, os capitães Daniel Azevedo Borges de Lima, de 32 anos, e Leonardo Sabadini Santos, de 29.
Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, os detidos não teriam participação no duplo homicídio. Eles foram reconhecidos por militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) carioca por supostamente terem praticado crimes na região. Ainda não há data para nova operação para encontrar o traficante.

Os assassinatos de Daniel Azevedo e Leonardo Santos ocorreram em maio de 2010, na porta de uma boate em Juiz de Fora. Os militares estavam na cidade para um treinamento.
Ao todo, 17 policiais de Minas Gerais, das cidades de Juiz de Fora, Cataguases e Leopoldina, participaram da operação. Entre eles estão os delegados Gutenberg Souza e Rogério de Melo Franco. Oitenta miltares cariocas foram destacados para a operação.

Do Bronx à Rocinha, via Mumbai

Recentes crimes contra turistas estrangeiros deixa em alerta o turismo feito em favelas, semelhante ao modelo das excursões de Dahravi, em Mumbai

BBC
"Não vá ao Rio. Cidade do crime", você vê na internet. "Cidade de estupros de estrangeiras, de bandidos adolescentes impunes." A mensagem é longa e detalhada.
Verdade? Quem manda as mensagens? Não importa. O Rio assusta. São Paulo também. BH também. O nordeste mais ainda. Brasília? Capital do sequestro. O Sul, abaixo de São Paulo, que era segurança maravilha, hoje é destaque nas manchetes do crime.
Neste fim de semana, em Nova York, uma campeã na redução de crimes violentos, foi batido um recorde negativo. Vinte e cinco pessoas baleadas com seis mortes em menos de 48 horas, entre eles uma menina, Tutu, de 11 anos, ferida no pescoço na porta da casa dela durante um tiroteio de gangues. A bala foi parar na espinha. Tutu está paralítica.
José Pedro Monteiro / Agência O Dia
Policiais fecham entrada e saída da Rocinha após turista alemão ter sido baleado
Sara, outra adolescente, atingida em outro tiroteio, sábado, no bairro do Bronx, hoje é uma heroína dos jornais. Quando viu que todos correram e o carrinho da criança ficou abandonado na calçada, ela saiu em socorro e foi baleada. Ela se recupera de um ferimento na perna.
Apesar do número recordista de violência armada em muitos anos, maio mantém a escrita de violência em queda. Desde 1964, é o maio menos sangrento de Nova York. Nova York ainda tem crédito no banco da segurança.
A manchete maior na queda do crime vem de Chicago, que liderava o país em guerras de gangues. Queda de 35% desde janeiro. A ação da polícia começou com a morte de uma adolescente num tiroteio de gangues. Haydee Penbertom, de 15 anos, uma estudante brilhante, boa filha, sem conexões com bandidos.
Os protestos dos vizinhos mexeram com a polícia que, numa operação parecida com as UPPs, despachou 400 policiais para ocupar as vinte áreas mais violentas da cidade. Além do número, o impacto das câmeras pela cidade foi decisivo.
Nenhum bairro americano se compara ao Bronx, de Nova York, em fama de violência, destruição e decadência. No passado. Outras cidades podem ser mais perigosas, mas em Nova York tudo é multiplicado pela mídia. Mais da metade do Bronx foi destruída em incêndios criminosos. Não é exagero. Mas quando uma companhia de turismo lançou a excursão "venha conhecer o verdadeiro Bronx", inspirado em tours das favelas do Brasil, Índia e África do Sul, o ônibus com os turistas foi parado, expulso do bairro e as excursões foram canceladas.
Até agora ninguém reclamou da falta de liberdade de expressão.
O ônibus deu azar. Chegou no Bronx no dia de uma festa popular em que a população comia, bebia e festejava as conquistas culturais e a história do bairro.
Por pouco, os turistas não tiveram um verdadeiro momento Forte Apache, Bronx , o filme que chocou o mundo e transformou o Bronx num símbolo da decadência do capitalismo.
Naquela época, os americanos não queriam esconder a vergonha do bairro. Pelo contrário. Em 77, o presidente Carter percorreu o Bronx para mostrar as feridas sociais. Três anos depois, o rival Ronald Reagan voltou lá para mostrar que Carter não tinha mudado nada.
A tragédia continuava do mesmo tamanho. Virou material de propaganda na campanha política: "Veja a miséria do Bronx". Hoje, os moradores querem esconder o passado e promover o futuro.
O Bronx melhorou, e muito. Hotéis de luxo estão em construção, centenas de lojas, entre elas cadeias finas como Macy's e Target. Trump constrói um campo de golfe com padrão internacional. Para os líderes do Bronx, é urgente separar as palavras "Bronx", "incêndio" e "drogas". Mas ainda há pobreza e a rica história da violência.
Só fui à Rocinha uma vez, em um evento promovido pela BBC. A intenção era mostrar um bairro em recuperação econômica e social. Foi em meados de 90 e foi tranquilo.
Muito antes, quando era guia, quase fui lá a pedido de um casal de turistas franceses. Tinha acabado de chegar ao Rio, mal sabia o que era zona sul ou zona norte, precisava de dinheiro para pagar o curso e as contas. Pintou uma vaga de guia de turismo da empresa USE. Eu falava inglês, o francês não era ruim e queria conhecer o Rio. Não escondi minha ignorância, mas isso não era problema, me explicou o chefe.
"Você passa uma semana fazendo os tours com outros guias, estuda um pouco e pronto."
Foi uma boa experiência, mas não havia excursão para as favelas do Rio. Quando passei o pedido do casal francês para o diretor, ele respondeu: "Turismo na favela? Nem pensar".
Cheguei a fazer uma conexão na Rocinha para uma viagem de táxi, mas o casal já tinha feito compromisso para subir outra serra e passar o dia com nossa família imperial.
Turismo da miséria virou negócio nos últimos vinte anos. A empresa Reality Tours and Travel fatura nas excursões de Dahravi, em Mumbai, cenário do filme Quem Quer Ser um Milionário? . "Favela 5 estrelas", diz o promotor das excursões, "com 700 mil residentes, 11 mil comerciantes e, entre os miseráveis, um punhado de milionários". Não tem gangues, mas tem estupradores.
Qualquer turista vítima de crime no Brasil pré-Copa e pré-Olimpíada, vai ser notícia de destaque. A americana estuprada no ônibus no Rio e o alemão baleado na Rocinha vão provocar outros alertas como o "não vá ao Rio do crime", mas o que mais afasta turistas do Brasil ainda é a combinação preço-bagunça.