sábado, 13 de julho de 2013

Policiais civis e militares buscam traficantes em operação na Rocinha

Homem é levado preso por policiais em operação na Rocinha Gustavo Stephan / Agência O Globo
RIO - A permanência de traficantes na Rocinha, favela pacificada que fica na Zona Sul carioca, levou as polícias Civil e Militar a desencadearem uma operação na comunidade, desde as 22h de sexta-feira, para cumprir 58 mandados de prisão. De acordo com investições que levaram à ação, o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, permanece chefiando o tráfico na comunidade, mesmo preso desde novembro de 2011. A polícia vai requerer à Justiça que ele seja colocado em regime disciplinar diferenciado, para ficar isolado. Pelo menos 31 suspeitos foram presos neste sábado, sendo dois acusados de fazer parte do bando que invadiu e fez 35 reféns no Hotel Intercontinental, em São Conrado, em agosto de 2010: Vítor Gomes e Vinícius Gomes da Silva. A ação, batizada de “Paz armada”, é realizada por policiais da 15ª DP (Gávea) e da Unidade de Policia Pacificadora (UPP) da comunidade.
Durante investigação com base em escutas telefônicas e monitoramento de redes sociais, policiais detectaram que Nem continua tendo influência no tráfico local. Os policiais constataram, ainda, que cerca de 90 traficantes ainda atuam na comunidade, em cem bocas de fumo. O faturamento de cada uma delas é de cerca de R$ 15 mil, mas algumas chegam a render R$ 12 mil por dia. A polícia estima que o faturamento mensal do tráfico na Rocinha seja de, no mínimo, R$ 6 milhões.
Na operação, foram cumpridos 20 mandados de prisão dos 58 autorizados pela Justiça. Oito pessoas que estavam fora dos mandados de prisão foram presas em flagrante por associação ao tráfico. Os presos estão sendo encaminhados para a 15ª DP, onde o caso está sendo registrado. Eles responderão pelos crimes de tráfico de drogas, corrupção ativa, associação ao tráfico e porte ilegal de armas. O resultado da ação é divulgado pelo delegado titular da delegacia da Gávea, Orlando Zaconne, e pelo comandante da UPP, major Edson Santos.
- O que mais dificultou a investigação e as prisões foi o fato de a maioria dos suspeitos não terem antecedentes criminais. Eles circulavam entre os policiais da UPP e não existiam provas de que eles eram traficantes - disse Zaconne.
De acordo com o delegado adjunto da 15ª DP, Ruchester Marreiros, que participou da investigação, a polícia vai pedir à Justiça que Nem seja colocado em regime disciplinar diferenciado. Segundo ele, o objetivo da operação é investigar novas formas de organização do tráfico após a implementação da UPP na comunidade.
Na madrugada deste sábado, foram ouvidos disparos no Morro do Vidigal, comunidade pacificada da Zona Sul do Rio. Segundo a assessoria da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, não houve nenhum confronto no local. Policias fizeram busca na região, mas nenhum suspeito foi encontrado.


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